O SINPRO Taubaté e Região, em conjunto com a Fepesp (Federação dos Professores do Estado de São Paulo) e os demais sindicatos filiados, realizou na quinta-feira, 29 de maio, uma assembleia com os Professores do Ensino Superior para discutir e deliberar sobre a nova contraproposta apresentada pelo sindicato patronal.
✅ Conquistas importantes
Graças à mobilização ativa da categoria — com ações nas instituições, divulgação em redes sociais, carros de som e materiais informativos — as negociações avançaram. O resultado foi uma proposta mais próxima das demandas dos Professores, que trouxe ganhos relevantes:
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Reajuste salarial de 4,69%, com aplicação a partir da folha de julho;
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Abono compensatório referente aos meses anteriores, correspondente a 20,86% do salário bruto, com pagamento até o 5º dia útil de julho;
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Garantia do Dia do Professor;
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Ampliação do abono de faltas por motivo de casamento ou falecimento, agora incluindo também enteado(a), madrasta e padrasto, mediante comprovação;
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Licença-paternidade estendida para 10 dias;
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Participação nos Lucros e Resultados (PLR) definida em 12%, com pagamento previsto para janeiro de 2026.
📢 Aprovação em assembleia
A proposta foi aprovada por ampla maioria durante a assembleia virtual realizada às 15h. Essa decisão demonstra a força da mobilização e a importância da união da categoria na defesa dos direitos e da valorização profissional dos docentes.
O presidente do SINPROSASCO, Salomão de Castro Farias, destacou a importância da resistência durante as negociações:
“Não poderíamos aceitar, de nenhuma forma, as propostas anteriores, pois beiravam a imoralidade. Tenho certeza de que todos concordam que o resultado obtido não é o ideal, porém representa um avanço frente à tentativa de cerceamento dos direitos da categoria. Agora precisamos garantir o cumprimento destas decisões e a filiação ao Sindicato é a única forma de fortalecer a luta e garantir o mínimo de dignidade no trabalho do Professor do Ensino Superior”, afirmou.
⚠️ Contexto das negociações
Essa vitória torna-se ainda mais significativa diante do cenário de enfrentamento com o sindicato patronal, que inicialmente tentou desconsiderar a Convenção Coletiva de Trabalho e modificar cláusulas essenciais. Com a categoria já mobilizada para iniciar uma greve no dia 2 de junho, os representantes patronais recuaram e chamaram uma nova rodada de negociação no dia 28, onde apresentaram os termos da proposta que veio a ser aprovada.
Apesar do avanço, ainda há divergências. O patronal insiste em alterar pontos sensíveis da Convenção, como o que se refere ao convênio médico — mudanças que não foram aceitas pelos Professores. Por isso, foi definida a criação de uma comissão paritária, formada por representantes das duas partes, para debater e construir conjuntamente o texto final da Convenção Coletiva. Esse trabalho deverá ser concluído até março de 2026.